Imprimir

Screw Business as Usual

Screw_B_as_usual.jpg

Richard Branson é um empresário diferente de todos os grandes empresários que conhecemos. A sua conhecida dislexia, que na sua juventude parecia ser um handicap para o seu desenvolvimento profissional acabou por ser uma grande vantagem: em vez de se preocupar com o detalhe das coisas desenvolveu uma capacidade de olhar para os assuntos de uma forma global.


Tal como refere no seu  livro – Screw Business as Usual – a dislexia fê-lo dar valor às vozes, histórias e conversas. Mas desenvolveu, acima de tudo a sua capacidade de “escutar” e olhar o mundo que o rodeia como uma espécie de “bird eye”. Por isso gere os seus imensos negócios a partir de casa, valorizando a contratação das pessoas certas para os respetivos cargos e dando liberdade (e responsabilidade) aos seus colaboradores na tomada de decisões!


Neste seu  livro o autor põe em causa o modelo de negócio tradicional (o tal Business as Usual) que tanto tem prejudicado a sociedade em geral e, acima de tudo a Sustentabilidade do Planeta!

As velhas teorias da década de 70 que sustentavam que as empresas existiam apenas para criar valor para os acionistas são aqui completamente arrasadas por Richard Branson. São precisamente essas teorias (e essas empresas) que transformaram o Mundo no que ele é atualmente, com sociedades desiguais, umas com riqueza a mais e outras com crianças a morrer de fome! As recentes crises financeiras nos EUA e Europa só vieram reforçar esta ideia! Por isso é tempo de acabar com esse paradigma! E é este, precisamente o objetivo deste livro.


O lema de Richard Branson e que prevalece neste livro é:


Do Good, Have Fun and the Money will come!”


Branson começa por dar como exemplo as suas próprias empresas (e a sua Virgin Unite - uma organização sem fins lucrativos que promove boas práticas sociais) onde os seus colaboradores trabalham com alegria! E esse é, segundo ele o 1.º grande passo para o sucesso!


It’s not about you, it’s not about the business even – it’s about the staff and the customer”, refere ele sustentando esta idéia!


 Ao longo do livro são apresentados vários casos e histórias como, por exemplo de empresários como o já falecido Antoine Riboud (Danone) e o conhecido Muhammad Yunus (Prémio Nobel da Paz e pai do Microcrédito), que implementaram projetos de apoio a iniciativas empresariais de grande sucesso junto de populações mais necessitadas!


…”these people didn´t want charity! They wanted choices in life!

contracapa_screwbusiness.jpg
Por isso,


“Entrepreneurs all over the world are reinventing the way we do business to serve communities and protect our natural resources


Isto porque o eterno receio do "risco", muito habitual nas sociedades financeiras e nos investidores em geral acaba (curiosamente) por não existir neste público mais necessitado:


“…
research has shown that poor people are more likely to pay back their debts, with interest.…companies and banks are suddenly waking up to the fact that they can ethically do business with very poor, make money and help people to create better lives for themselves and their families”.


Para já apenas se conhece a versão original, em Inglês, deste livro com cerca de 360 páginas. Está à venda nas principais lojas on-line como a Amazon, The Book Depository entre outras.


Numa altura em que os temas da sustentabilidade do planeta têm começado a despertar a atenção e consciência de milhares de pessoas (como é o exemplo a conferência Rio+20 no Rio de Janeiro organizada pelas Nações Unidas sobre este tema e agendada precisamente para este mês, este é um livro que vem mesmo a propósito para alertar para novas práticas de se fazerem negócios e criar mais valor para a humanidade.

Ao acabarmos de ler este livro ficamos com a sensação de que se trata apenas de dar mais sentido às nossas vidas e, ao mesmo tempo ajudar a mudar o mundo. Richard Branson prova, neste livro que isso é possível.


Por todas estas (e muitas mais) razões que o leitor poderá constatar eu recomendo, vivamente a leitura deste livro. Eu gostei bastante! Espero que também goste!

Cumprimentos,


Jorge M. Conceição
BeHave Marketing
right behaviour-right results

Lisboa, 18 de Junho de 2012